Em 2000 a.C., as mulheres gregas arrancavam os pêlos com
as mãos, ou queimavam-nos com cinzas quentes sobre a pele.
A dor era tanta que as sacerdotisas dos templos de Creta
ingeriam uma bebida forte, que entorpecia o corpo. Uma espécie de anestesia que
evitava assim o sofrimento.
A história nos revela que em 1500 a.C. os homens também
removiam os pêlos com um depilador feito de sangue de diversos animais, gordura
de hipopótamo, carcaça de tartaruga e trissulfeto de antimônio.
O primeiro instrumento usado na depilação data do tempo
da Grécia antiga e chamava-se Estrigil, instrumento adaptado pelas mulheres
romanas, que consistia numa varinha de 16 a 30 centímetros de comprimento com a
ponta curva. As mulheres passavam no corpo uma pasta à base de vegetais, cinzas
e a argila, raspando posteriormente a pele com o Estrigil.
Ao longo dos anos, os pêlos foram sempre considerados
algo de supérfluo. E até de repugnante e maléfico, no caso das mulheres
muçulmanas, que tinham como hábito rapar o corpo todo.
Elas usavam um xarope espesso, composto de açúcar e sumo
de limão, que, diziam, ajudava a extrair os pêlos.
Os egípcios foram, por seu turno, os primeiros a utilizar
o extracto de sândalo, a argila e a cera de abelhas, ingredientes que dariam
origem à depilação com cera tão em voga entre nós.
Os romanos também se referem a composições depiladoras,
algumas das quais continham soda cáustica como destacado ingrediente.
Cleópatra tirava seus tão indesejáveis pêlos com faixas
de tecidos finos banhados em cera quente.
Embora os depilatórios químicos sejam considerados uma
invenção contemporânea, o processo para remoção dos pêlos através de
decomposição química surgiu na Antigüidade. Na realidade, durante séculos seu
desenvolvimento ficou adormecido e diversas outras alternativas foram
introduzidas.
É no século XX, porém, que a depilação se torna uma
questão de higiene, bom gosto e elegância.
Nos anos 20 e 30, a depilação era apenas feita nas
pernas, enquanto a zona púbica não era delineada, nem tão pouco as axilas.
No início da segunda metade do século, a depilação das
axilas é a grande conquista, generalizando-se a prática da depilação.
Apenas as mulheres naturistas mantém tudo... ao natural.
Finalmente, nas duas últimas décadas, a adesão passa a
ser total, sendo a depilação feita nas pernas, axilas, braços e, por vezes, na
região púbica de mulheres e também de homens.
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